Nicotinamida pode reduzir o risco de câncer de pele?

Os cânceres de pele não melanoma, como o carcinoma basocelular e o carcinoma espinocelular, estão entre os tumores mais comuns e têm como principal causa a exposição à radiação ultravioleta (UV). Estudos recentes mostram que a nicotinamida (vitamina B3) pode oferecer um efeito protetor contra os danos causados pela radiação UV, além de reduzir o surgimento de ceratoses actínicas, lesões pré-malignas.

Para avaliar esse potencial, foi realizado um estudo clínico de fase 3, duplo-cego, randomizado e controlado. Nele, 386 participantes que já haviam tido pelo menos dois cânceres de pele não melanoma nos últimos cinco anos foram divididos em dois grupos: um recebeu 500 mg de nicotinamida duas vezes ao dia e o outro placebo, durante 12 meses. Os pacientes eram avaliados a cada 3 meses, por um período total de 18 meses.

Resultados:

  • Após 12 meses, o grupo da nicotinamida apresentou uma redução de 23% no surgimento de novos cânceres de pele não melanoma, em comparação ao grupo placebo.
  • A taxa de novos carcinomas basocelulares caiu 20% e a de carcinomas espinocelulares, 30%.
  • O número de ceratoses actínicas também foi significativamente menor no grupo tratado, chegando a uma redução de 20% aos 9 meses.
  • Não houve diferenças relevantes em relação a efeitos adversos entre os grupos.
  • O benefício, no entanto, desapareceu após a interrupção do uso da nicotinamida.

Conclusão:
O uso oral de nicotinamida mostrou-se seguro e eficaz na redução de novos cânceres de pele não melanoma e ceratoses actínicas em pacientes de alto risco.

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