Geração Z em risco de câncer de pele devido ao aumento das taxas de bronzeamento e queimaduras

Uma pesquisa realizada pela Academia Americana de Dermatologia (AAD) com mais de mil pessoas nos EUA mostrou que a Geração Z, adultos com idades entre 18 e 26 anos, correm risco de câncer de pele devido ao aumento das taxas de bronzeamento e queimaduras.

Segundo a pesquisa, 52% das pessoas da Geração Z desconheciam um ou mais riscos de queimaduras solares, como risco aumentado de desenvolver câncer de pele ou envelhecimento prematuro da pele. Quando o assunto é conhecimento sobre proteção solar, 32% dos adultos desta geração recebem uma nota “D” ou “F”.

Outro tópico apresentado pela pesquisa que preocupa os dermatologistas é o bronzeamento: 28% dos entrevistados disseram que bronzear-se era mais importante do que prevenir o câncer de pele, com 70% relatando pele bronzeada ou mais escura em 2023.

“Esta é uma geração incrivelmente focada na beleza, com um medo significativo de envelhecer. A pele bronzeada parece ter apelo visual e projeta a imagem de bons momentos, porém o que as pessoas não percebem é que a pele bronzeada é um sinal de que sua pele foi lesionada”, diz a dermatologista Heather D. Rogers, MD, FAAD, de Seattle.

 

Segundo a médica, apesar de as pessoas da Geração Z serem ávidas consumidoras de produtos de cuidados com a pele elas ainda não compreenderam a importância do protetor solar e sua função na rotina de skincare. “Não observamos a sua utilização ao nível que esperaríamos, considerando as evidências que mostram que o uso regular de protetor retarda o processo de envelhecimento e diminui o risco de câncer da pele”, finaliza ela.

TAKEAWAY MESSAGE para compartilhar com os seus pacientes:

“Quanto mais cedo você aprender a proteger sua pele do sol, mais tempo sua pele parecerá saudável.”  Heather D. Rogers, MD, FAAD

Leia aqui o artigo na íntegra https://www.aad.org/news/gen-z-adults-at-risk-skin-cancer

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ChatGPT e inteligência artificial em dermatologia: otimismo ou desconfiança?

Muito tem se discutido sobre o uso do ChatGPT e da inteligência artificial (IA) na medicina.

Em seu editorial de fevereiro, intitulado “ChatGPT: amigo ou inimigo?”, o The Lancet Digital Health listou dois trabalhos em que a capacidade da ferramenta de realizar relatórios médicos foi evidenciada. Porém, em ambos os casos, erros potencialmente prejudiciais também ficaram evidentes – como adicionar informações extras que não faziam parte do prontuário do paciente e a falta de achados médicos importantes. “Tais erros sinalizam que, se implementados na prática clínica, seriam necessárias verificações manuais de resultados automatizados”, indica o texto.

E com a evolução da tecnologia as políticas editoriais também precisam evoluir. Preocupada com o uso da IA e tecnologias assistidas por IA na redação científica, a Elsevier introduziu uma nova política, estabelecendo que o uso deve ser limitado a melhorar a legibilidade e a linguagem do trabalho, devendo ser declarado no manuscrito. Ainda, os autores devem fazer verificações manuais de qualquer saída gerada por IA.

 

Otimismo e, acima de tudo, parcimônia e ética

Em contrapartida, um artigo da American Academy of Dermatology Association nos lembra que, na dermatologia, a IA auxilia os dermatologistas no diagnóstico de cânceres de pele, e combinar os desempenhos dos dois grupos resulta em um desempenho ainda melhor. É importante observar, no entanto, que os resultados são baseados em configurações de estudo controladas artificialmente.

De acordo com o dermatologista Warren R. Heymann, editor do site da American Academy of Dermatology, precisamos nos preparar, discutir, modificar, crescer e repetir o processo conforme for necessário. “O ChatGPT afetará todos os aspectos de nossas vidas e, como toda ferramenta, tem o potencial de aprimorar, estimular, confundir e devastar. O primeiro passo é ter fé no produto. Eu dirijo um Tesla, mas não tenho total confiança no software de piloto automático para usá-lo”, afirma o especialista.

Com uma abordagem otimista, Dr. Heymann perguntou ao ChatGPT como a ferramenta deve ser usada na dermatologia. Segue a resposta:

“O ChatGPT é uma ferramenta de Inteligência Artificial que pode ser usada para auxiliar os dermatologistas em suas práticas, fornecendo-lhes informações e orientações relevantes sobre várias condições dermatológicas. Por exemplo, o ChatGPT pode ajudar os dermatologistas a identificar lesões de pele, recomendar opções de tratamento e fornecer educação ao paciente.

No entanto, é importante observar que o ChatGPT não substitui a experiência de um dermatologista e deve ser usado apenas como uma ferramenta para auxiliar no diagnóstico e tratamento. A dermatologia é um campo complexo que requer anos de treinamento e experiência, portanto, qualquer decisão sobre o atendimento ao paciente deve ser sempre tomada por um dermatologista qualificado.”

 

Dr. Heymann afirma que ele mesmo não poderia ter dito melhor.

Para saber mais, leia os artigos completos:

https://www.thelancet.com/journals/landig/article/PIIS2589-7500%2823%2900023-7/fulltext

Ferreira AL, Lipoff JB, The complex ethics of applying ChatGPT and language model artificial intelligence in dermatology, Journal of the American Academy of Dermatology (2023), doi: https://doi.org/10.1016/j.jaad.2023.05.054.

https://www.aad.org/dw/dw-insights-and-inquiries/archive/2023/can-we-chat#:~:text=ChatGPT%20is%20an%20Artificial%20Intelligence,guidance%20on%20various%20dermatological%20conditions

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Adalimumabe e cirurgia em comparação com adalimumabe em monoterapia para hidradenite supurativa: um estudo randomizado

O adalimumabe, único biológico registrado para tratar hidradenite supurativa (HS), apresenta resposta clínica em até 60% dos pacientes, deixando muitos com necessidade de outras opções terapêuticas, como a cirurgia.

 

Ao reduzir os nódulos e abscessos inflamatórios, dados do estudo PIONEER mostraram que o número de túneis de drenagem melhorou apenas marginalmente durante o tratamento com adalimumabe. Isso provavelmente explica por que, em estudos com este imunobiológico, a maioria dos pacientes (>70%) requer cirurgia além de sua terapia biológica e as taxas de resposta HiSCR (Resposta Clínica de Hidradenite Supurativa) são maiores que nos estudos clínicos randomizados (60% vs 70%).

Dessa forma, a fim de comparar a eficácia clínica de adalimumabe combinado com cirurgia adjuvante e adalimumabe em monoterapia em pacientes com HS moderada a grave, um ECR de fase IV (NCT03221621) foi conduzido no Departamento de Dermatologia do Erasmus University Medical Center Rotterdam (Holanda), de agosto de 2018 a julho de 2022.

O desfecho primário foi a diferença na redução média do IHS4 (International Hidradenitis Suppurativa Severity Score System) após 12 meses de tratamento com a diferença na redução média do DLQI (Dermatology Life Quality Index) como um desfecho secundário importante.

Trinta e um pacientes foram incluídos. A média de IHS4 no início do estudo foi de 23,9 ±10,7 no grupo de cirurgia e 20,9 ±16,4, no grupo de monoterapia. Após 12 meses de tratamento, o grupo de cirurgia teve uma redução significativamente maior em IHS4 em comparação com o grupo de monoterapia (-19,1 ±11,3 vs. -7,8 ±11,8, p<0,001).

Além disso, o grupo de cirurgia apresentou uma redução maior no DLQI após o tratamento em comparação com o grupo de monoterapia (-8,2 ±6,2 vs. -4 ±7,7, p=0,02).

A conclusão foi de que a combinação de adalimumabe com cirurgia resultou em uma maior eficácia clínica e melhor qualidade de vida após 12 meses em pacientes com HS moderada a grave.

“Em nosso estudo, o benefício da cirurgia adicional foi impressionante, com reduções significativas na pontuação IHS4, bem como na qualidade de vida do paciente. Isso também confirma descobertas anteriores de um estudo observacional que mostrou um declínio mais rápido da doença após combinação de adalimumabe e cirurgia em comparação com monoterapia utilizando biológicos ou monoterapia cirúrgica”, afirmam os autores.

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Efeitos da suplementação de vitamina D na gravidade da psoríase

Os análogos tópicos da vitamina D fazem parte do tratamento para a psoríase, mas o efeito da suplementação oral não foi estabelecido.

Diante desse tópico, um artigo elaborado por Jenssen M. et al. (JAMA Dermatology, março 2023), investigou se a suplementação de vitamina D reduz a gravidade da psoríase durante o inverno.

O ensaio clínico randomizado, duplo-cego, controlado por placebo e com dois grupos paralelos foi realizado em duas estações de inverno (2017 a 2018 e 2018 a 2019). Cada participante foi acompanhado por 4 meses.

Dos 122 participantes, portadores de psoríase em placas, 120 completaram o estudo e não houve efeito mensurável na gravidade da doença no grupo que recebeu vitamina D de 20.000 UI por semana (grupo de intervenção).

Os níveis de 25-hidroxivitamina D neste grupo aumentaram para um grau menor do que o esperado, tendo como base dados experimentais anteriores na mesma população de origem.

De acordo com os autores, os resultados mostraram que a suplementação de vitamina D não afetou a gravidade da psoríase.

Escores de gravidade de linha de base baixos podem explicar a falta de efeito mensurável. Os níveis de 25(OH)D no grupo de intervenção aumentaram abaixo do esperado com base em dados experimentais anteriores da mesma população de origem, e isso pode ter afetado os resultados.

 

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Sensibilização a tatuagens permanentes: revisão da literatura e análise de patch test em pacientes com tatuagens

Uma tatuagem ou maquiagem permanente administra uma marcação ou desenho definitivo na pele por repetida penetração intradérmica do estrato córneo por agulhas, levando a uma deposição dérmica de tinta.

Cada vez mais popular, a tatuagem permanente marca a pele de cerca de 18,5% de pessoas em todo o mundo (segundo dados de 2018).

Teste de contato pode apresentar resultados inconsistentes

A fim de realizar uma revisão da literatura e análise de patch test em pacientes com tatuagens, Schubert S. et al. publicaram um artigo no periódico Contact Dermatitis (fevereiro, 2023) descrevendo os constituintes da tatuagem e da tinta de maquiagem permanente em relação às reações inflamatórias e fatores de confusão.

Segundo os autores, a revisão abrangente de pacientes com tatuagens testadas entre 1997 e 2022 mostra que a alergia à tatuagem não pode ser diagnosticada de forma confiável por meio de testes de contato com o conhecimento atual.

“Penetração fraca e haptenização lenta de pigmentos, indisponibilidade de pigmentos como alérgenos de teste e falta de conhecimento sobre epítopos relevantes dificultam o diagnóstico de alergia a tatuagem. O teste de contato com p-fenilenodiamina e corantes dispersos (têxteis) não é capaz de fechar essa lacuna. A sensibilização a metais foi associada a todos os tipos de complicações da tatuagem, embora muitas vezes não seja clinicamente relevante para a reação ao procedimento”.

Os autores afirmam que, apesar de ser considerado o padrão-ouro para o diagnóstico de dermatite alérgica, o teste de contato mostra resultados inconsistentes, especialmente em pacientes tatuados. Entretanto, assumem que o teste como método ainda não foi totalmente esgotado.

Segundo os especialistas, os testes de contato geralmente eram positivos com produtos baratos, de uso não profissional, ou tintas usadas profissionalmente em pacientes com reações eczematosas caracterizadas por pápulas e infiltração.

Informações úteis

  • Em pacientes com reações eczematosas ou generalizadas, caracterizadas por pápulas e infiltrações, testes de contato com conservantes e biocidas industriais (especialmente isotiazolinonas), bem como aglutinantes, devem ser obrigatórios.
  • Apesar de proibidos, pigmentos, aglutinantes e biocidas industriais muitas vezes não são rotulados em frascos de tinta de tatuagem, mas devem ser testados.
  • O pigmento negro de fumo (Carbon Black) é um conhecido culpado de reações granulomatosas e não foi considerado um sensibilizador.
  • A avaliação da relevância clínica deve sempre considerar fatores de confusão (por exemplo, piercings em caso de alergia ao níquel ou hena negra e incompatibilidade de tintura de cabelo em caso de sensibilização ao PPD).
  • A remoção da fita antes do teste de contato e as leituras do teste no dia 8 ou 10 podem melhorar a qualidade do diagnóstico.

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Artrite idiopática juvenil em crianças e adolescentes com dermatite atópica

A dermatite atópica (DA), a doença crônica cutânea mais comum em crianças, tem múltiplas comorbidades associadas.

Diversos trabalhos já demonstraram uma associação entre a DA e a artrite reumatoide em pacientes adultos, mas são escassos os estudos sobre a DA como fator de risco para doenças reumáticas em crianças e adolescentes.

Dessa forma, Keskitalo P. et al. (JAAD, janeiro 2023) realizaram um estudo retrospectivo, a fim de investigar se existe um risco aumentado de artrite idiopática juvenil (AIJ) em crianças e adolescentes com DA em comparação com a população em geral.

Associação positiva entre DA e AIJ

Foram incluídos no estudo 70.584 pacientes com DA (todos com menos de 18 anos no momento do primeiro diagnóstico da doença).

A prevalência geral de AIJ foi maior em pacientes com DA do que em controles (0,7% vs 0,4%; P < 0,001). Em um modelo ajustado, os pacientes com DA apresentaram risco aumentado para AIJ (odds ratio ajustado, 1,58; IC 95%, 1,41-1,77) em comparação com os controles.

Não foram encontradas diferenças significativas entre os sexos em diferentes subcategorias, exceto que apenas as mulheres tiveram um risco aumentado de desenvolver “AIJ indiferenciada” (odds ratio, 5,80; 95% CI, 2,20-16,2) em comparação com os homens (odds ratio, 0,87; 95% CI, 0,19-2,74). A idade de início da AIJ foi significativamente maior em pacientes com DA em comparação com pacientes com AIJ sem DA.

Dessa forma, os autores encontraram uma associação positiva entre DA e AIJ e, segundo eles, “curiosamente foi encontrada uma associação mais marcante com DA e artrite psoriática juvenil (odds ratio ajustado, 3,96; IC 95%, 2,42-6,47)”, confirmado por meio de subanálise entre os pacientes com DA diagnosticados por um dermatologista.

“Admitimos que, por se tratar de um estudo baseado em registros, não é possível verificar a precisão dos diagnósticos e dos códigos diagnósticos. No entanto, é notável que nenhum dos casos de DA com AIJ psoriática teve diagnóstico de psoríase, e um estudo recente demonstrou a alta precisão dos diagnósticos reumatológicos nos registros.”

Conclusão

Concluindo, os autores deste estudo demonstraram a associação entre DA e AIJ independentemente do sexo. Segundo eles, o diagnóstico de AIJ parece ser tardio em pacientes com DA, portanto, é importante indagar ativamente sobre sintomas não diretamente relacionados à doença de pele do paciente.

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Veganismo e problemas cutâneos: há benefícios em uma dieta baseada em vegetais?

Atualmente, diversas pessoas têm adotado uma dieta vegana como sinônimo de saúde ou devido aos impactos ecológicos e éticos da pecuária. Porém, ao falarmos sobre os benefícios potenciais do veganismo para o tratamento ou prevenção de doenças cutâneas, encontramos uma lacuna na literatura.

Além disso, muitas publicações dermatológicas não estabelecem diferenças entre dietas vegetarianas e veganas, e os poucos artigos sobre uma população vegana específica mostraram deficiências nutricionais, sugerindo que é improvável que os participantes do estudo tenham seguido uma dieta bem balanceada.

Diante deste cenário, a dermatologista italiana Marta Fusano analisou as vantagens de uma dieta vegana nutricionalmente completa para pacientes com acne, psoríase ou dermatite atópica, publicando sua opinião no periódico Clinics in Dermatology.

Dieta vegana e acne 

Segundo Fusano, uma dieta baseada em vegetais pode ser benéfica para peles acneicas por diversos motivos. “A patogênese da acne envolve produção excessiva de sebo, hiperproliferação de Cutibacterium acnes, hiperqueratinização dos folículos pilossebáceos e inflamação. O aumento da atividade dos hormônios androgênicos e do fator de crescimento semelhante à insulina 1 (IGF-1) pode levar ao excesso de produção de sebo.”

Dessa forma, por conter isoflavonas e fitoestrógenos, que se opõem à produção de sebo induzida por andrógenos, a ingestão de produtos à base de soja parece reduzir a incidência de acne.

 

Os benefícios dos vegetais na dermatite atópica (DA) e na psoríase 

Como pacientes com dermatite atópica também podem apresentar alergia alimentar, existe a possibilidade de que tais dietas possam colocar o paciente em risco de desenvolver deficiências nutricionais.

Porém, a especialista lembra que “qualquer dieta mal planejada, mesmo onívora, pode levar a deficiências nutricionais e alterações no crescimento.”

Dessa maneira, segundo ela, uma dieta rica em gordura e pobre em fibras pode alterar o microbioma intestinal, causando um desequilíbrio do eixo intestino-pele capaz de desencadear uma resposta inflamatória. “A introdução de prebióticos parece ser útil na redução da gravidade da dermatite atópica e sua incidência.”

Fusano menciona também o papel antioxidante e imunomodulador dos vegetais, que podem afetar o componente inflamatório da dermatite, e a hipótese de um papel protetor da vitamina B12.

“Um menino que sofria de DA severamente recorrente apresentou melhora na suplementação de B12; no entanto, este é apenas um único relato de caso. Se confirmada, esta observação pode diminuir a dermatite atópica naqueles que seguem uma dieta predominantemente baseada em vegetais e garantir que ela seja bem balanceada com a suplementação de vitamina B12.”

A autora afirma que diversos estudos demonstraram que dietas ricas em antioxidantes – contidas em alimentos como vegetais de folhas verdes, frutas, tomates e cenouras – podem ajudar a diminuir as lesões cutâneas.

“Pacientes com psoríase devem aumentar a ingestão de frutas e vegetais frescos e incluir alimentos ricos em polifenóis, como chá, café, ervas e especiarias.”

De acordo com Fusano vários antioxidantes (além dos ácidos gama-linolênico e alfa-linolênico) estão amplamente disponíveis na dieta vegana, sendo diretamente relacionados a uma pele mais saudável e ao tratamento e prevenção de problemas cardiometabólicos associados à psoríase.

 

Conclusão

Não existem estudos randomizados extensos e bem conduzidos que analisem a relação entre uma dieta vegana e doenças de pele. Entretanto, segundo a autora, alguns dados sugerem que uma dieta baseada em vegetais pode desempenhar um papel no tratamento dessas doenças. “Tanto a introdução de alimentos de origem vegetal quanto suplementos de vitamina B12 podem ter um papel bioquímico protetor. Além disso, a redução da produção de alimentos e derivados de origem animal pode ter um impacto ambiental positivo.”

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Estudo de caso-controle: bronzeamento artificial e risco aumentado de múltiplos melanomas primários

Constantemente vemos notícias como “mulher sofre queimaduras após procedimento de bronzeamento artificial”, e, apesar da proibição da técnica em território nacional, infelizmente esses casos não param de acontecer.

Em 2009, uma Resolução da Diretoria Colegiada da Anvisa (RDC 56/09) proibiu o uso das câmaras de bronzeamento artificial no Brasil. A ação foi embasada na inclusão da exposição às radiações ultravioletas na lista de práticas e produtos carcinogênicos para humanos, efetuada pela Agência Internacional para Pesquisa sobre o Câncer (IARC), órgão intergovernamental que faz parte da Organização Mundial da Saúde (OMS).

Comprovações científicas dos danos 

Além da proibição da Anvisa diversos estudos científicos já comprovaram os efeitos danosos que as câmaras de bronzeamento artificial causam à saúde da pele. Recentemente, um artigo publicado no JAAD por Roth A. et al. (novembro, 2022), apresentou os resultados de um estudo de caso-controle sobre a associação entre o bronzeamento artificial e o aumento do risco do surgimento de múltiplos melanomas primários.

Para o estudo foram incluídos 453 pacientes – 335 com um único melanoma primário (SPM) e 118 com múltiplos melanomas primários (MPMs). Os pacientes foram estratificados por uma história de mais de 10 exposições de bronzeamento artificial ao longo da vida versus nenhuma exposição. A proporção de pacientes com mais de 10 exposições aumentou de 65/335 (19%) para pacientes com SPM para 10/19 (53%) para aqueles com 4+ MPMs. O risco associado para múltiplos melanomas primários foi significativo para melanomas 2+, 3+ e 4+ em análises univariadas e multivariadas.

Os autores também realizaram uma revisão sistemática da literatura e meta-análise para comparar o risco de MPMs associados às mutações germinativas mais comuns em melanomas familiares.

“Calculamos a razão de chances para MPMs associados a bronzeamento artificial, histórico familiar e uma mutação germinativa que predispõe à doença. Em melanomas 2+, o risco associado ao bronzeamento artificial (OR, 1,97; 95% CI, 1,23-3,16; regressão logística, P < 0,05) superou o da história familiar (OR, 1,46; 95% CI, 0,89-2,39; χ2, P = 0,13) e se assemelhava ao risco associado a mutações germinativas em MITF (OR, 2,45; 95% CI, 1,55-3,89) e MC1R (OR, 1,38; 95% CI, 0,81-2,35). Os dados foram limitados para números mais altos de MPMs, mas sugeriram que o risco relacionado ao bronzeamento artificial pode superar o de mutações germinativas de baixa/intermediária penetração.”

Conclusão e incentivo a campanhas de conscientização 

Segundo os autores foi encontrado um risco significativo de múltiplos melanomas primários associados ao bronzeamento artificial, sugerindo a necessidade de um acompanhamento mais próximo dos pacientes com histórico de uso dessas câmaras, sendo necessário incentivar o envolvimento da população em campanhas relacionadas aos riscos dos aparelhos de bronzeamento.

Clique aqui para ler o artigo completo aqui.

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Dieta mediterrânea pode melhorar taxas de resposta à imunoterapia e sobrevivência livre de progressão em melanoma avançado

Segundo um estudo apresentado na United European Gastroenterology (UEG) Week 2022, que aconteceu em outubro, em Viena (Áustria), seguir uma dieta mediterrânea rica em fibras, ácidos graxos monoinsaturados e polifenóis pode estar associado a melhores taxas de resposta à imunoterapia e sobrevida livre de progressão em pacientes com melanoma avançado (leia aqui a nota na íntegra aqui).

Para os autores, a dieta pode desempenhar um papel importante no sucesso futuro da imunoterapia. Vamos saber mais sobre esse estudo?

A importância da avaliação dietética em pacientes oncológicos 

Realizado por pesquisadores do Reino Unido e da Holanda, o trabalho registrou a ingestão alimentar de 91 pacientes diagnosticados com melanoma avançado (tratados com inibidores de checkpoint imunológico) e monitorou seu progresso com exames regulares de resposta radiográfica. Além de uma associação significativa com as taxas gerais de resposta à imunoterapia, a dieta mediterrânea também foi significativamente associada à sobrevida livre de progressão em 12 meses.

Os autores também descobriram que a ingestão de grãos integrais e leguminosas pode influenciar na redução da probabilidade do surgimento de efeitos colaterais, como a colite. Em contrapartida, a ingestão de carnes vermelhas e processadas foram associadas a uma maior probabilidade de efeitos colaterais relacionados ao sistema imunológico.

Dessa maneira, a inclusão de gorduras mono e poliinsaturadas – provenientes de azeite, nozes e peixes – polifenóis e fibras oriundas de vegetais, frutas e grãos integrais na alimentação foi significativamente associada a uma melhor resposta aos inibidores de checkpoint imunológico em pacientes com melanoma avançado.

De acordo com Laura Bolte, uma das autoras do estudo, “os inibidores do ponto de verificação imunológico ajudaram a revolucionar o tratamento de diferentes tipos de cânceres avançados. Nosso estudo destaca a importância da avaliação dietética em pacientes oncológicos que iniciam o tratamento com inibidores de checkpoint imunológico e apoia o papel das estratégias dietéticas para melhorar os resultados e a sobrevida dos pacientes.”

Ainda segundo a especialista, a relação da resposta dos inibidores de checkpoint imunológico com a dieta e o microbioma intestinal tem à vista um futuro promissor a fim de otimizar as respostas ao tratamento.

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A chamada da dermatologia para uma ação urgente sobre as mudanças climáticas

Em setembro do ano passado, 233 revistas médicas internacionais publicaram um editorial pedindo ações urgentes para reduzir o aquecimento global e os efeitos à saúde relacionados às mudanças climáticas. Entretanto, a especialidade de dermatologia não estava representada no documento.

Diante da preocupação de que todos os profissionais de saúde façam o possível em prol da sustentabilidade, um artigo publicado no Journal of the European Academy of Dermatology & Venereology (JEADV), por E. Parker et al., destaca a “necessidade dos dermatologistas trabalharem proativamente para compreender e mitigar os efeitos adversos à saúde das mudanças climáticas”, uma vez que pesquisas recentes mostraram que a maior parte dos dermatologistas está preocupada com essa questão e os impactos na saúde cutânea.

Os danos causados pelas mudanças climáticas à saúde pública 

Os autores ressaltam que muitas doenças dermatológicas são sensíveis ao clima – incluindo dermatoses alérgicas e inflamatórias, como dermatite atópica, doenças autoimunes bolhosas e do tecido conjuntivo, neoplasias cutâneas, infecções, doenças transmitidas por vetores, fotoenvelhecimento, deficiências nutricionais e distúrbios pigmentares.

Dessa forma, relatam que, embora os dermatologistas estejam profissionalmente encarregados de diagnosticar, tratar, pesquisar e mitigar os danos à saúde causados ​​pelas mudanças climáticas, a saúde está entre os setores de serviços mais geradores  de carbono em todo o mundo, contribuindo em 4,6% para as emissões globais de GEE (gases de efeito estufa).

Engajamento urgente e mudança de atitude 

Algumas ações adotadas em nosso dia a dia podem ajudar – como a segregação adequada dos resíduos, reciclagem de itens de uso comum, reprocessamento adequado de dispositivos médicos de uso único e aumento dos serviços de telemedicina. Além disso, segundo os autores, os dermatologistas podem “educar” seus pacientes sobre estratégias de prevenção, como usar roupas de proteção solar e térmica e utilização de aplicativos para calor, qualidade do ar e índices de UV para planejar atividades ao ar livre.

Um conceito essencial para os dermatologistas é que os impactos das mudanças climáticas vão muito além das doenças de pele, pois são um multiplicador de ameaças para a saúde pública, a equidade e os sistemas de saúde.

A mudança climática é a crise de saúde mais assustadora deste século, e a dermatologia não pode mais ser cúmplice, nem espectadora. “Devemos nos engajar de forma mais significativa nas principais questões climáticas, indo além da mera discussão dos impactos das mudanças climáticas relacionados à pele. Chegou a hora dos dermatologistas e nossas Sociedades médicas se levantarem coletivamente para enfrentar essa crise.”

Leia aqui o artigo original.

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