Quais são os perfis de suscetibilidade antimicrobiana das cepas de Staphylococcus aureus isoladas de pessoas com dermatite atópica? Esse foi o questionamento feito por Jiménez IG et al. em uma revisão sistemática e metanálise de 61 estudos, publicada no JAMA Dermatology (setembro, 2024).
Os estudos foram incluídos caso relatassem perfis de suscetibilidade a antibióticos de um ou mais isolados cutâneos de S aureus de indivíduos com dermatite atópica. O objetivo era determinar a suscetibilidade antimicrobiana do S aureus de indivíduos com dermatite atópica e analisar diferenças de acordo com o nível de renda do país de origem e o período de coleta de dados.
Sessenta e um estudos relataram 4.091 isolados de S aureus de indivíduos com dermatite atópica. Para 4 dos 11 antibióticos comumente usados (36,4%), a suscetibilidade antimicrobiana foi de 85% ou menos, inclusive para meticilina, eritromicina, ácido fusídico e clindamicina. A maioria dos estudos (46; 75,4%) foi realizada em países de alta renda.
De acordo com os autores, a susceptibilidade antimicrobiana à eritromicina, meticilina, trimetoprima e sulfametoxazol foi significativamente menor nos países de rendimento médio-baixo e nos países de rendimento médio-alto.
Conclusão
Dessa forma, a suscetibilidade antimicrobiana do S aureus a β-lactâmicos, eritromicina, clindamicina e ácido fusídico pode ser subótima para uso empírico em pacientes com dermatite atópica. Foram encontradas diferenças significativas nos padrões de susceptibilidade aos antimicrobianos entre países de alta renda comparados com países de renda media-baixa e países de renda media-alta para alguns antibióticos.
Leia aqui o artigo na íntegra
https://jamanetwork.com/journals/jamadermatology/article-abstract/2823597
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Assunto: Quais os perfis de suscetibilidade antimicrobiana das cepas de Staphylococcus aureus isoladas de pessoas com dermatite atópica?
Padrões globais de suscetibilidade antimicrobiana