O Brasil ocupa a segunda posição mundial em número de intervenções cirúrgicas, ficando atrás apenas dos Estados Unidos. Dados do Portal da Transparência do governo de São Paulo indicam que, só no estado, foram realizadas mais de 745 mil cirurgias eletivas ao longo de 2023. Esse número inclui procedimentos de alta e média complexidade, abrangendo tanto intervenções estéticas quanto reparadoras.
Dessa forma, já sabemos há muito tempo que a dermatologia cosmética é um campo em crescimento. E para ajudar os pacientes a alcançar os resultados estéticos desejados, os dermatologistas utilizam suas próprias percepções, padrões de beleza atuais e observação manual, sendo propensos à subjetividade.
À luz desses desafios, há um interesse crescente no papel potencial da inteligência artificial (IA) na dermatologia cosmética, para que esta forneça recomendações objetivas baseadas em dados tanto para dermatologistas quanto para pacientes.
Novas implicações da IA na dermatologia cosmética
Um artigo publicado em agosto no Journal of Cosmetic Dermatology (JCD), por Kania BA et al., teve como objetivo compor uma revisão unificada que ilustrasse as várias facetas da IA e formular uma hipótese sobre as novas implicações da tecnologia especificamente na dermatologia cosmética.
Para isso, os autores realizaram uma busca abrangente no PubMed a fim de reunir todo o material publicado relacionado às implicações atuais da IA na medicina, focando especificamente na área dermatológica. Foram analisados 53 artigos acadêmicos utilizando palavras-chave como “dermatologia cosmética” e “inteligência artificial”. Desses, 33 foram selecionados, oferecendo definições para os termos-chave e compondo uma revisão unificada que ilustra as diversas facetas da IA.
E qual o papel da IA neste cenário?
Na dermatologia, a IA tem demonstrado uma precisão superior à dos dermatologistas no diagnóstico e classificação de imagens de melanoma. Ainda, o papel da IA está se expandindo além da dermatologia médica devido à crescente demanda por tratamentos cosméticos.
“Integrar a IA na dermatologia cosmética pode oferecer uma abordagem objetiva mais personalizada para procedimentos estéticos. Como algumas condições dermatológicas podem se apresentar de forma semelhante, a IA pode analisar imagens de um banco de dados para reduzir o erro humano. Isso permitirá que os dermatologistas tomem decisões baseadas em dados, prevejam resultados de tratamento e personalizem planos de tratamento para atender melhor às necessidades e expectativas do paciente.”
A conclusão dos autores
A integração da inteligência artificial na dermatologia cosmética aponta para um futuro promissor, permitindo a análise de grandes volumes de dados e proporcionando uma experiência personalizada para o paciente. Ao incorporar a IA na dermatologia cosmética, surge a oportunidade de equilibrar decisões baseadas em evidências com o toque artístico e humano dos dermatologistas cosméticos.
Leia aqui o artigo na íntegra
Veja mais artigos clicando aqui: https://radlabrasil.com/ultimas-novidades/
Você leu: Como a inteligência artificial pode auxiliar na dermatologia cosmética