Um artigo publicado no Journal of the American Academy of Dermatology (leia aqui o artigo na íntegra) por Eva Backman et al., teve como objetivo principal comparar as taxas de eliminação após um ano para curetagem e criocirurgia em 1 (C&Cx1) versus 2 ciclos de congelamento-descongelamento (C&Cx2) para carcinomas basocelulares (CBCs) não faciais com características clinicamente nodulares.
Os objetivos secundários foram comparar os tempos de cicatrização das feridas e avaliar a satisfação do paciente com as cicatrizes.
A criocirurgia tem sido utilizada desde a década de 1960 como um tratamento comum para cânceres de pele, porém não há protocolos claramente definidos sobre sua eficácia.
Sobre o estudo
Os pesquisadores incluíram na análise 202 lesões em 116 pacientes com idade média de 72 anos, sendo 34% mulheres. O diâmetro médio da lesão foi de 10 mm (intervalo, 5-20 mm). Todos os CBCs diagnosticados dermatoscopicamente (n = 130) foram confirmados histopatologicamente após o tratamento. A distribuição dos subtipos de CBC foi: 114 nodulares, 54 infiltrativos, 13 superficiais e 21 não especificados
Metade dos tumores foi tratada com uma sessão de congelamento e a outra metade com duas sessões de congelamento.
Em 1 ano, uma única recorrência foi encontrada no grupo C&Cx1, resultando em taxas de depuração de 99% versus 100%, comprovando a hipótese de não inferioridade com uma diferença absoluta <8%.
Conclusão
Curetagem e criocirurgia combinadas corretamente, realizadas com protocolos padronizados, forneceram excelentes taxas de eliminação clínica com 1 e 2 ciclos de congelamento e descongelamento. Os tempos autorrelatados com feridas exsudativas foram curtos e os pacientes geralmente ficaram satisfeitos com o resultado cosmético.
Dessa forma, a investigação aumenta a evidência para curetagem mais criocirurgia, um tratamento de baixo custo e economia de tempo para CBCs com características nodulares.
“É gratificante poder demonstrar que os métodos de tratamento antigos ainda desempenham um papel fundamental no arsenal de tratamento para o CBC”, afirmou a Dra. Eva Backman, uma das autoras.