Um artigo publicado no JAAD apresentou recomendações de consenso e orientações clínicas de um painel de dermatologistas e fotobiologistas sobre fotoproteção. O objetivo do trabalho foi destacar dados emergentes e lacunas no conhecimento sobre o uso do protetor solar. Para sintetizar as informações, o grupo revisou a literatura e utilizou um Método Delphi para chegar a um acordo sobre os aspectos do uso da proteção solar.
Recomendações relevantes dos especialistas
Segundo os autores, os efeitos negativos da exposição solar à pele se tornaram mais bem aceitos nas últimas décadas, tanto pelos profissionais de saúde quanto pelo público leigo.
Estudos mostraram que a LV (luz visível) pode induzir hiperpigmentação em indivíduos com os fototipos IV-VI da Escala de Fitzpatrick. Além disso, a LV pode contribuir para a exacerbação de distúrbios pigmentares, incluindo melasma.
A seguir, destacamos algumas recomendações feitas pelos especialistas:
- A proteção UVA/UVB sozinha não é suficiente para a saúde geral da pele, especialmente nos fototipos IV a VI;
- UV e LV geram reações que contribuem para o surgimento de danos e despigmentação da pele. Por isso, é importante recomendar a fotoproteção contra distúrbios de hiperpigmentação, incluindo melasma e hiperpigmentação pós-inflamatória;
- Um regime de fotoproteção personalizado deve ser recomendado para todos os fototipos;
- Existem grandes lacunas nos produtos de fotoproteção para UV e luz visível. É necessário um método padronizado para avaliar a proteção UVA e LV;
- Pesquisas indicam que os homens são menos propensos a usar protetor solar e barreiras físicas de proteção. Dessa forma, é importante conscientizar pacientes do sexo masculino sobre a necessidade de fotoproteção e cuidados específicos;
- Educação em fotoproteção deve ser incluída como parte das avaliações gerais da pele do paciente.
Ainda, de acordo com os autores, há uma necessidade não só de educar, mas também de dissipar mitos sobre as necessidades de cuidados com o sol.