Um estudo realizado por pesquisadores espanhóis, publicado em janeiro deste ano no periódico Cell Reports, apresentou os mecanismos moleculares que sustentam as defesas do organismo contra o câncer de pele. A descoberta permite compreender o comportamento do câncer de pele a nível celular, possibilitando o desenvolvimento de novos alvos terapêuticos.
Os pesquisadores coletaram queratinócitos de camundongos e introduziram genes que suscitam o desenvolvimento do câncer, levando as células a um estado de senescência. A depleção de CSDE1 leva ao desvio de senescência, imortalização celular e formação de tumor, indicando que CSDE1 se comporta como um supressor de tumor. Os animais que receberam células sem CSDE1 desenvolveram carcinomas de células escamosas em um prazo de 15 a 20 dias.
Os pesquisadores concluíram que o CSDE1 aumenta a estabilidade do mRNA do fator SASP (fenótipo secretor associado a senescência) e reprime a tradução do mRNA Ybx1, sendo um supressor tumoral em queratinócitos primários. Em estudos anteriores o CSDE1 atuou como um fator pró-metastático no melanoma, demonstrando assim sua dualidade imprevisível, dependendo do caso em que se encontra.