Doença crônica, recorrente e insistente, o tratamento da dermatite atópica (DA) pode ser difícil. Dessa forma, para tratar a DA moderada a grave, os inibidores da janus quinase oral (JAKi) podem ser uma opção.
Um artigo de revisão sistemática – elaborado por especialistas canadenses e publicado este mês na Frontiers in Medicine – teve como objetivo revisar a eficácia, segurança e características farmacocinéticas de JAKi oral no tratamento da DA. Para isso, foi elaborada uma revisão sistemática PRISMA com informações dos bancos de dados MEDLINE, Embase e PubMed para estudos de avaliação da eficácia, segurança e/ou propriedades farmacocinéticas das formas orais de JAKi no tratamento da DA em populações pediátricas ou adultas, até junho de 2021.
Foram revisados 496 artigos e, dos 28 submetidos à triagem de texto completo, 11 preencheram os critérios de inclusão para a revisão qualitativa final. Quatro estudos examinaram o abrocitinibe, três o baricitinibe, três upadacitinibe e um o gusacitinibe (ASN002). Foram relatados uma eficácia clínica significativa e um perfil de segurança tranquilizador para todos os agentes JAKi revisados. O controle rápido dos sintomas foi relatado para abrocitinibe, baricitinibe e upadacitinibe.
Como conclusão, os especialistas recomendam considerar o uso de JAKi como opção de tratamento sistêmico confiável para pacientes adultos com DA moderada a grave, que não respondem a tratamentos tópicos ou direcionados. Ainda segundo eles, dada a evidência relativamente limitada para cada JAKi e as diferenças nos critérios de elegibilidade dos pacientes entre os estudos, os dados não foram considerados adequados para uma meta-análise neste momento.
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