Chamados de dispositivos eletrônicos para fumar (DEF), os cigarros eletrônicos se tornaram uma mania, principalmente entre os jovens norte-americanos. Com a venda proibida no Brasil, ainda não há pesquisas conclusivas sobre a segurança dos cigarros eletrônicos. Entretanto, o modismo vem preocupando especialistas e há diversos estudos apresentando os males que esses dispositivos eletrônicos causam à saúde.
Um deles, intitulado “Manifestações dermatológicas associadas ao uso do cigarro eletrônico”, publicado em abril deste ano no Jornal da Academia Americana de Dermatologia, teve como propósito ampliar a conscientização sobre os efeitos danosos causados pelo uso deste DEF. Efetuado a partir de relatos de usuários, o artigo concluiu que os cigarros eletrônicos podem causar manifestações dermatológicas prejudiciais, tais como dermatites de contato, lesões da mucosa oral e queimaduras térmicas.
Em um outro estudo, publicado no American Journal of Respiratory and Critical Care Medicine, uma equipe de pesquisadores concluiu que o uso do cigarro eletrônico dificulta a passagem de muco pelas vias respiratórias – condição chamada de disfunção mucociliar – o que pode ampliar os riscos de desenvolver bronquite.
De acordo com um dos autores do estudo, o diretor de medicina interna e professor da Universidade do Kansas, Mathhias Salathe, a questão a ser analisada era se o vapor contendo nicotina exercia efeitos negativos sobre a capacidade de limpar as secreções das vias aéreas, de forma parecida à fumaça eliminada pelo cigarro.
Dessa maneira, os pesquisadores observaram que jovens usuários do cigarro eletrônico que nunca haviam fumado anteriormente estavam predispostos a desenvolver bronquite crônica, da mesma forma que os fumantes convencionais.
Fontes:
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30965061
https://www.atsjournals.org/doi/10.1164/rccm.201811-2087OC